O valor da alíquota do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA) é o assunto mais debatido após a aprovação do texto-base da Reforma Tributária na Câmara. A projeção atual é de cerca de 25% conforme o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy.

 

Na última semana, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, havia estimado que, com as atuais exceções da Reforma Tributária aprovado pela Câmara, a alíquota única do IVA ficaria entre 26% e 27%. Mas na prática, o valor deve ser regulamentado apenas por uma lei complementar após a aprovação da PEC 45/2019 no Senado e a sanção do presidente.

Em entrevista à GloboNews, Appy disse que “a alíquota pode ficar em torno desse nível que nós já estávamos trabalhando (25%). Não acredito que vai fugir muito desse número que já estávamos trabalhando, mas vai depender do que vai acontecer com algumas variáveis”, completou.

 

Quais variáveis podem aumentar ou reduzir o novo imposto?

 

Sobre as variáveis que vão influenciar o cálculo da alíquota, o secretário disse que são quatro, principalmente: grau de sonegação, elisão fiscal, inadimplência e litígio tributário.

Conforme Appy, esses pontos vão puxar o valor do novo imposto para baixo. Na contramão disso, as exceções (setores que pagarão menos impostos), devem “inflacionar” a alíquota padrão para cima.

Também na última semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que é fundamental o reduzir as exceções incluídas pela Câmara dos Deputados.

Na entrevista à GloboNews, Appy reconheceu que a alíquota do novo imposto, o IVA, mesmo em torno de 25%, será alta para padrões mundiais. “É alta para padrões mundiais, só que o Brasil já é um dos países que mais tributa o consumo no mundo, então a alíquota é a necessária para manter a arrecadação.”

De acordo com a Tax Foundation, a média do IVA na União Europeia é de 21%, já em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), considerados os mais ricos do mundo, é de 19%. O Japão tem um dos menores valores de Imposto sobre Valor Agregado, com apenas 10%. Por outro lado, a Hungria tem um dos maiores IVAs, com 27%.

 

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